Como o mercado vê a chegada da KTM ao Brasil
Como o mercado vê a chegada da KTM ao Brasil
Até o início dos anos 2000, a KTM (bem como as demais motos europeias) era vista com uma certa reserva pelos amantes do motociclismo fora de estrada no Brasil. Tal como os norte-americanos, tínhamos uma preferência pelas motos japonesas, já que eram mais modernas e principalmente, duráveis que as fabricadas na Europa. Embora fosse forte e carregasse bons componentes em sua fabricação, especialmente em termos de suspensão e ciclística, não era fácil vender uma KTM no Brasil.
O preconceito dos motociclistas das Américas, em relação às motos europeias era tão grande que, em 2003, após ser contratado pela KTM para correr o AMA Supercross, Jeremy McGrath, um dos pilotos mais vitoriosos dos Estados Unidos, declarou em uma importante entrevista o seguinte: “Eu VOU vencer com minha KTM”, como se fosse algo impossível. Para aquela época, era algo no mínimo ‘impensável’ aos norte americanos Só que o desejo dos austríacos de fabricar uma moto que fizesse frente às japonesas foi tão forte, que eles não se conformaram com uma posição de coadjuvante. Anos mais tarde, a história contemporânea nos mostra que eles são os líderes do mercado mundial.
Para chegar a este ponto, fizeram investimentos para melhorar seus processos fabris, assim como mantiveram sua área de Pesquisa & Desenvolvimento sempre no topo do nível que se possa imaginar. Em se tratando de competições, a KtM contratou grandes estrelas recém-aposentadas, como stefan Everts, Jeremy McGrath, Pit Beirer e Heinz Kinigardner, dentre outros.
E como quem planta bem geralmente costuma colher frutos, já na segunda metade dos anos 2000, as motos e pilotos da KTM começaram a polvilhar os pódios, com vitórias e bons resultados não somente no enduro europeu, mas também, no extremamente competitivo AMA MX/SX.
A partir de dezembro próximo, teremos a KTM atuando oficialmente no Brasil. Resolvemos ouvir alguns empresários do mercado, entre fabricantes, representantes e mecânicos especializados, para saber o que esperam e pensam sobre este tão sonhado momento, que pode colocar o Brasil, em breve, como um dos principais mercados mundiais no motociclismo off-road.
Por: Jeca Joia
Fonte: www.revistapro.com.br
Fotos: www.revistapro.com.br / Divulgação
Data: 21/08/2014