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Idário Café: Fotógrafo completa vinte edições do Rally em 2014!..











Fotógrafo chega à marca de vinte participações no Rally dos Sertões

“Café” conta histórias da Competição e comenta mudanças nos últimos anos


Idário Araújo, mais conhecido como Café, é repórter fotográfico há 25 anos e trabalha no Rally dos Sertões desde 1992, quando a Competição ainda se chamava Rally São Francisco. “Em 1992 o Jornal da minha cidade me mandou para cobrir o Rally e foi uma experiência contagiante, essa é minha vigésima edição”, relembra Café.

Para Café, os melhores momentos do rally são os de reflexão. Foto: arquivo pessoal Para Café, os melhores momentos do Rally são os de reflexão. Foto: arquivo pessoal

O fotógrafo sempre foi convidado como imprensa, até que seis anos atrás, por conta da crise financeira, aconteceram alguns cortes de despesas e diminuíram os carros dos jornalistas. “Eu gostava muito do Rally, eu queria ir, então como eu sempre pilotei moto resolvi ir sozinho e já faz quase seis anos que venho e acompanho assim”.

Café viaja com uma logística própria, um tipo de Rally pessoal, indo e vindo para onde quer e quando quer, o que exige um preparo diferenciado pois torna a semana bem cansativa, além de gerar histórias únicas e passar por algumas dificuldades.

O jornalista completa vinte edições do rally em 2014. Foto: Arquivo pessoal 

O jornalista completa vinte edições do Rally em 2014. Foto: Arquivo pessoal

“Em uma dessas viagens de moto, eu cheguei em um determinado ponto e havia duas alternativas para chegar à próxima cidade, pela direita eu rodaria 120 quilômetros e pela esquerda 400 quilômetros. Eu escolhi o que todos escolheriam, o menor. Mas só então descobri que o trajeto mais longo era em estrada de terra e o mais curto eram 40 centímetros de profundidade de areia fofa”, conta Café. “O que era para levar no máximo duas horas levou oito, eu caí várias vezes e a moto atolou, mas no fim deu tudo certo”, completa.

Apesar de viajar sozinho, para ele o Rally é como uma grande família. Das últimas 20 edições da prova, Café quase perdeu apenas uma por causa da morte do pai. Mas, com o apoio dos parentes, fez a cobertura da Competição. “A família do Rally sabia o que tinha acontecido e todos eles foram muito solidários comigo”.

São muitas as histórias que o jornalista tem para contar. Em uma delas, relembra a vez em que não achou onde dormir em uma pequena cidade e acabou dormindo dentro da cela da delegacia local com metade do corpo para fora, com medo de ser trancado lá dentro se mudasse o turno do delegado.

Entre os momentos engraçados e os difíceis, sua parte preferida da semana é ficar em contato com a natureza e ter tempo para refletir. “Eu vejo o Rally como uma oportunidade de reflexão porque quando você está no meio do mato, esperando um carro ou moto passar, você fica muito tempo sem energia elétrica, sem comunicação, sem telefone e esse eu acho que é o melhor momento”

Em vinte anos de experiências, Café notou também algumas mudanças. “O Rally sempre teve aquela pegada de Aventura e dormir em barraca no meio do mato, mas hoje em dia quase todos tem motorhome e uma boa estrutura”. Sobre a Competição ele garante: “a prova continua muito dura e difícil”.

Apesar da paixão pelo Sertões, Café conta que nos últimos dias sempre dá uma ansiedade para voltar para casa, tomar banho quente e comer bem, mas sabe que no ano que vem tem mais. “Quando acaba, você fica três meses achando que não quer mais saber do rally, aí começa a reacender a vontade e chega o próximo, o ciclo é assim”.









Fonte: www.webventure.com.br 
Fotos: www.webventure.com.br /  Arquivo pessoal Idário Café

Data: 23/08/2014

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